quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Pensamentos Sobre o Declínio dos Maiores Fenômenos Paranormais

por Ian Stevenson, 2004
Resumo
Os maiores fenômenos paranormais, definidos como fenômenos detectados somente pelos sentidos sem a necessidade do uso da estatística, diminuíram nas publicações contemporâneas da Sociedade comparadas com as publicações de suas primeiras décadas. A falta de relatórios de tais fenômenos importantes pode refletir o interesse diminuído neles da parte dos investigadores, a maioria dos quais virou sua atenção para as experiências de laboratório que extraíram resultados marginais exigindo análise estatística. No entanto, parece possível que os fenômenos importantes ocorrem menos freqüentemente no Oeste hoje do que anteriormente. O ceticismo derivado do materialismo filosófico pode inibir normalmente a ocorrência de fenômenos paranormais importantes. Também pode inibi-los por processos paranormais. As fontes bem promissoras de fenômenos paranormais importantes hoje podem estar em países industrialmente pouco desenvolvidos, entre alguns indivíduos especialmente dotados, e em certas experiências raras, tal como as de pessoas que ficam próximas da morte e se recuperam.

A atemorizante possibilidade de tentar entregar um discurso presidencial de alguma forma digno de colocar na mesma prateleira com os discursos prévios impeliram-me a ler, em meses recentes, muitos dos discursos que eu previamente não tinha estudado.Ao fazer isto prestei particular atenção às avaliações dos oradores das realizações da Sociedade. Embora eu não tenha feito nenhuma tentativa de classificar os oradores numa escala de otimismo contra pessimismo em seus julgamentos dos trabalhos da Sociedade, eu observei que vários expressaram enfaticamente otimismo sobre o resultado de nossos trabalhos. Eu não me refiro à confiança no mérito da empresa, mas às afirmações de êxito. Nas décadas entre 1910 e 1980 ao menos seis Presidentes afirmaram que a telepatia foi provada ou quase então (Flammarion, 1923-24;McDougall, 1920; Prince, 1930-31; L. E. Rhine, 1982; Salter, 1946-49; e Smith, 1910).

Alguém pode perguntar por que, se telepatia foi provada em 1910, Presidentes posteriores pensaram ser necessário reiterar tão freqüentemente a reivindicação em anos subseqüentes. Posso pensar em duas razões de por que eles sentiram necessidade para renovar tal afirmação. Primeira, cada geração de investigadores, talvez a cada década deles, acreditou-se que seus métodos eram superiores aos de seus predecessores. Isto implicou na tentação de sugerir, ou mesmo dizer abertamente, algo como: "Nossos precursores pensaram que eles tinham evidências sólidas de fenômenos paranormais, mas seus métodos eram brutos comparados com os nossos. Nós finalmente provamos a realidade destes fenômenos." Segundo, eles sabiam que o que eles e as audiências de seus discursos consideravam como prova não parecia assim para a maioria dos cientistas. O restante do mundo não tinha ouvido, ou não tinha escutado se ouviu. Eles precisavam ouvir novamente. Infelizmente, a necessidade ainda existe.

Nossa incapacidade de convencer números maiores de pessoas educadas, especialmente cientistas, de levar seriamente nossos esforços e realizações parece mais que uma decepção; agora pode ser uma fraqueza fatal. Até a geração presente novos recrutas em pesquisa psíquica sempre pareceram disponíveis para encher os lugares de investigadores que morreram; e por tempo pareceu que o estudo de fenômenos paranormais criava raízes nas universidades. No entanto, nós devemos admitir que hoje a pesquisa psíquica quase se foi das universidades, ao menos no continente Europeu e na América do Norte. Mesmo no Reino Unido, a pesquisa psíquica está quase extinta nas universidades ao sul de Tweed. Nós não ganhamos o interesse de investigadores mais jovens bem-qualificados com novas idéias em números suficientes para suceder esses de nós cujas idéias necessitam ser substituídas por outros insights e melhores métodos.

O declínio durante décadas recentes na aceitação de nossas realizações—mesmo da legitimidade de nossos esforços—da parte de outros cientistas deve ter várias causas. Escrevi em outra parte sobre o que eu acredito ser uma das menos importante destas causas, a saber o esforço desencaminhado para identificar uma disciplina separada da ciência chamada parapsicologia (Stevenson, 1988). No entanto, este não é meu tema neste discurso. Em vez disso, eu desejo sugerir outras causas do efeito do declínio na pesquisa psíquica. Eu penso que de longe o mais importante destas causas é nossa incapacidade de observar e informar fenômenos paranormais maiores. Aqui realço a palavra maiores, o que significa um fenômeno tão forte que nós não necessitamos de nenhuma estatística para sua demonstração. Especificando ainda mais o que eu penso sobre o assunto, direi pouco sobre os fenômenos físicos e considerarei principalmente casos (mentais) espontâneos, mediunidade mental, e as façanhas de clarividentes sensíveis raramente dotados. Os volumes dos primeiros anos até a metade do século XX de nossas publicações da Sociedade contêm numerosos relatórios de fenômenos maiores cuidadosamente investigados incluídos sob estas categorias, e eu desejo endereçar a questão de por que que nós publicamos pouco ou nada deste tipo hoje.

Alguns de meus ouvintes e leitores podem perguntar se um retorno de tais fenômenos maiores melhoraria a sorte da pesquisa psíquica. Afinal de contas, se estes fenômenos não conseguiram levar convicção para fora de um círculo claramente estreito antes, por que conseguiriam hoje? É uma boa questão, e a ela eu só posso responder que os fenômenos menores que exigem estatística para sua demonstração certamente não animam o interesse entre cientistas modernos, e talvez os fenômenos maiores animariam. Uma pesquisa feita por McClenon (1984) de "cientistas de elite” oferece algum apoio para esta visão. Ele achou que 29 por cento dos que responderam disseram que acreditavam em percepção extra-sensorial. No entanto, como base para sua crença, o dobro dos crentes citou a experiência pessoal como citadas nos relatórios em diários científicos. Além do mais, entre os 351 cientistas que responderam ao questionário de McClenon só nove citaram um diário em nosso campo como uma fonte de informação sobre o assunto. Nós não somos justificados em acreditar da informação disponível de que os cientistas de elite pesquisados por McClenon experimentaram o que eu penso serem fenômenos maiores, embora com algum deles possa ter sido assim. Podemos, no entanto, acreditar que eles seriam mais impressionados por tais fenômenos maiores, se nós os pudéssemos relatar, ao invés dos atuais resultados marginais da maioria das experiências de laboratório que exigem estatística para sua demonstração.

A seguir vamos à distinção entre o relato de fenômenos e a ocorrência deles. A penúria dos relatórios de tais fenômenos maiores pode refletir nada mais que a falta de interesse ou a falta de recursos para investigações da parte dos pesquisadores psíquicos. Ou há um declínio real na ocorrência dos fenômenos. Ou ambos estes fatores podem ser presentes.

Podemos argumentar que a atenção preponderante dada em nossos diários a estudos experimentais comparados com os relatórios dos fenômenos maiores reflete uma falta de interesse no último da parte dos investigadores. Um declínio do interesse nos fenômenos maiores parece ter ocorrido durante a década de 1930, quando eram ainda mais abundantes do que são. Vale perguntar por que isto ocorreu.

Várias causas podem ter contribuído para os investigadores terem menor interesse nos fenômenos maiores do que tinham anteriormente. Condições econômicas podem tê-los afastado dos casos espontâneos, estes eram mais onerosos do que as experiências eram, ao menos nos primeiros dias da moda das experiências.

Talvez os pesquisadores tenham ficado com medo dos fenômenos. Eisenbud (1983), Tart (1984) e White (1985) sugeriram que pesquisadores psíquicos têm medo de reconhecer (e portanto medo de observar) os vastos poderes paranormais os quais eles supõem ao menos algumas pessoas são capazes. Quem quereria acreditar que somente pelo pensamento se poderia mover montanhas, matar um vizinho, ou afundar o Titanic? Este argumento parece baseado em suposições ao invés de evidências. Além do mais, isso deve incluir um julgamento de descrédito nosso comparado com o de nossos predecessores, porque certamente os investigadores do décimo-nono século e alguns dos primeiros anos deste século não hesitaram encontrar mesas e pessoas que levitaram assim como a aparência ou a realidade de materializações completas do morto.

Parece a mim que os pesquisadores psíquicos das últimas duas gerações tinham menos receio dos fenômenos maiores do que da desaprovação de colegas em outros ramos de ciência. Isto levou muitos deles a imitar psicólogos, que, em seus laboratórios, tentavam imitar os físicos e os químicos nos seus. A ênfase desequilibrada em experiências de laboratório que agora prevaleceu entre duas gerações de pesquisadores psíquicos necessita correção, como argumentei em outra parte (Stevenson, 1987). Ficamos limitados tendo menos relatórios de fenômenos paranormais maiores se temos menos investigadores interessados em estudá-los e informá-los. Além do mais, a pobreza de cientistas conhecidos em tomar interesse nestes fenômenos significa que as pessoas tendo experiências paranormais possuem pouca informação sobre pessoas profissionais qualificadas a quem eles possam descrever o que experimentam. Também, pessoas que têm ou que pensam que podem ter sensibilidades especiais ou capacidades mediúnicas não têm quase ninguém qualificado na pesquisa psíquica a quem eles possam se voltar para estímulo e direção.

Não obstante, eu não acredito que podemos atribuir o declínio no relatório de fenômenos paranormais inteiramente à falta de interesse da parte de investigadores, quaisquer fatores que possam ter contribuído a essa falta. Também, algum declínio no interesse dos investigadores de agora pode resultar de uma queda na quantidade e qualidade dos fenômenos disponíveis para estudo. Para julgar a verdade desta conjectura nós temos dados de confiança pequenos. Posso garantir a vocês que as reivindicações dos fenômenos maiores que permitem investigação não cessaram por completo, porque nossa unidade na Universidade de Virginia continua a ser notificada deles de vez em quando. No entanto, nossos informantes não são uma amostra casual, tanto porque têm a iniciativa de telefonar ou escrever a nós quanto porque sabem de nossa existência em primeiro lugar. As pesquisas conduzidas durante décadas recentes (Haraldsson, Kalish e Reynolds, 1973; Palmer, 1979) contam-nos que a proporção da população geral que acredita que experimentaram algum fenômeno paranormal não declinou em relação ao encontrado em pesquisas anteriores (Sidgwick, H. e Committee, 1894; West, 1948). Infelizmente, as pesquisas modernas extraíram relatórios de crenças sobre experiências paranormais, mas não evidências de que as experiências informadas são paranormais. Haraldsson (1988-89) é o único avaliador moderno de experiências psíquicas que também investigou algumas reivindicações que seus respondentes fizeram. Na Islândia, ao menos, aparições verídicas e coincidentes com a morte parecem ser informadas com uma freqüência não apreciavelmente menor do que observado na Inglaterra do décimo nono-século (Sidgwick, H. e Committee, 1894). No entanto, eu acredito que a Islândia pode não ser típica de países Ocidentais, e eu penso—reconhecidamente em evidência insuficiente—que um declínio real de fenômenos paranormais maiores ocorreu no Ocidente durante este século. No restante deste discurso, eu proponho aceitar esta suposição e considera algumas possíveis razões para este declínio.

Teorias físicas sobre a natureza da percepção extra-sensorial foram propostas desde o décimo nono século passado (Barrett, Gurney e Myers, 1882); elas alcançaram alguma proeminência com as conjeturas de Berger (1940) e em anos recentes ficaram na moda. Ganharam muitos aderentes sem ganharem aceitação universal entre pessoas cujas opiniões nós devemos respeitar. Se fôssemos decidir que alguma característica física, tal como a freqüência extremamente baixa das ondas eletromagnéticas (Persinger, 1987), correlacionadas com segurança com as manifestações de percepção de extra-sensorial, nós podemos decidir que o aumento recente durante décadas de "poluição eletrônica" (Fox, 1988) (ao menos em regiões tendo muito equipamento eletrônico) foi uma causa importante do declínio dos fenômenos paranormais maiores. Isto nos levaria a esperar que manifestações de percepção extra-sensorial variariam de região a região com diferenças na quantidade de poluição eletrônica. Infelizmente, com nossos recursos magros presentes nós não podemos empreender um projeto da magnitude necessária para adequadamente testar esta hipótese.

Reconheço em mim um preconceito contra teorias físicas de percepção extra-sensorial, porque acredito que nós a podemos entender melhor por um conceito dualista de cérebro e mente que permite que as mentes, sob certas circunstâncias, comuniquem-se diretamente uma com a outra (além dos meios físicos conhecidos de comunicação). Assim, minha procura para causas no declínio dos fenômenos paranormais maiores concentrou-se em possíveis explicações psicológicas. Tentei pensar em que características da vida ocidental agora diferem das que existiam há cem anos e de que está em outras partes do mundo hoje. Considerarei as mudanças que parecem a mim importante sob dois tópicos, de processos normais e paranormais.

Os processos normais que eu promovo dividem-se em mudanças em nossas condições e na maneira de vida e mudanças em nossas atitudes. Fazendo exame do primeiro, penso que aprendemos do estudo de casos espontâneos a importância para sua ocorrência tanto do amor quanto da morte. Os participantes são quase sempre pessoas tendo bônus de afeto, e o acontecimento comunicado a maioria é de freqüentemente algo que coloca em perigo o agente. Podemos dizer que o percipiente tem uma necessidade de saber o que acontece ao agente e o agente uma necessidade de deixar o percipiente saber (Murphy, 1943).

Quando a comunicação normal é impraticável, a necessidade para comunicações paranormais aumenta. Os autores de Phantasms of the Living (Gurney, Myers e Podmore, 1886) podem não ter compreendido que morte violenta ocorria freqüentemente entre os acontecimentos comunicados nos casos informados em seu grande trabalho. Ao menos eles não chamaram atenção para o fato. Não obstante, entre os 314 casos de Phantasms envolvendo morte, esta tinha ocorrido violentamente em 28 por cento. Além do mais, entre aproximadamente dois terços dos casos em que morte tinha ocorrido naturalmente achamos que em um terço a morte tinha ocorrido repentinamente (Stevenson, 1982). (Definimos uma morte como "repentina*' se ocorreu dentro de 24 horas em que a pessoa morta se achava bem ou ao menos, se doente, em nenhum perigo de morrer.) Uma morte violenta no décimo nono século era quase sempre também uma repentina, e, se isto é correto, então quase 53 por cento das mortes envolvidas nos casos de Phantasms ocorreram repentinamente. Além do mais, as pessoas relacionadas freqüentemente estavam separadas fisicamente por distâncias longas e as comunicações normais eram, por padrões modernos, extremamente rudes. (O telégrafo não foi adequadamente desenvolvido até a segunda metade do décimo nono século, e o telefone não até seu último quarto.) A lentidão e às vezes a impossibilidade de uma comunicação normal iria, acredito, aumentar a necessidade de ter uma paranormal. Nos cem anos desde a fundação da nossa Sociedade as comunicações interurbanas normais melhoraram grandemente. Os avanços nos cuidados médicos e sua melhor instalação também resultaram em atrasos nas mortes violentas, de modo que embora mortes violentas ainda ocorram, elas não são tão capazes de ser repentinas como elas uma vez o foram. Estas mudanças, eu sugiro, reduzem a necessidade para uma pessoa que morre violentamente, ou que acidentalmente é ferida, a se comunicar paranormalmente com aqueles que ama.

A necessidade de se comunicar paranormalmente portanto diminuiu. Podemos dizer que o desejo de se comunicar declinou também? Disse acima que os percipientes e agentes em casos espontâneos quase sempre são ligados por um relacionamento amoroso. Ninguém achou um meio de medir o amor, mas certos indicadores sociais, tais como o índice de aumento do divórcio, do crime, e talvez do abuso de crianças, sugere para mim que a nossa sociedade tornou-se, no total, mais egoísta, isso é, amando menos do que ao menos algumas sociedades de outras vezes e lugares. Sendo assim, isto pode ser outro fator no declínio em comunicações paranormais.

Uma terceira característica normal da sociedade Ocidental que mudou notadamente durante os cem anos passados é o crescimento do materialismo filosófico. A maioria dos cientistas, por exemplo, acreditam no materialismo tão inquestionavelmente quanto eles acreditam na astronomia de Copérnico. Uma pesquisa da crença em vida depois que morte conduzida em 1981 mostrou que nos Estados Unidos 67 por cento da população geral acredita em vida após a morte, ao passo que só 32 por cento dos principais médicos e só 16 por cento dos principais cientistas (não-médicos) acreditam (Gallup, 1982). A maioria de nós somos provavelmente familiares com o predomínio do materialismo entre cientistas. O que não é suficientemente reconhecido é que, embora aproximadamente dois terços dos respondentes entre o público geral acredita em vida depois da morte, quase um terço não acredita. É a essa minoria substancial que eu desejo chamar a atenção. Eu não sou familiar com quaisquer pesquisas de crença em vida depois da morte do décimo nono século, e eu penso não há nenhuma. No entanto, uma pergunta colocada sobre a crença em vida depois da morte teria chocado quase todos os respondentes desse tempo. O estudo de Galton da eficácia da oração das pessoas assumiu que a maioria foi à igreja, orou quando estava na igreja, e acreditou — algumas vezes talvez só superficialmente — no poder de suas orações para conservar a vida do soberano britânico (Galton, 1883). Penso que nós podemos supor também que todo o mundo que se empenhou em orações para o soberano acreditou que o soberano tinha uma alma que sobreviveria à morte física; e acreditavam o mesmo de si.

Algumas pessoas podem segregar crenças sobre aspectos diferentes de existências não materiais e acontecimentos. Isto seria particularmente possível de ser verdade de pessoas que fizeram um estudo especial de fenômenos psíquicos. Sabemos que ao menos dois (e provavelmente mais) Ex-presidentes da nossa Sociedade acreditaram em cognição paranormal mas não na sobrevivência da personalidade humana depois de morte (Dodds, 1934; Richet, 1922). No entanto, eu penso que os membros do público geral normalmente não fazem tal distinção. Para a maioria deles, uma crença em vida após a morte quase implica uma crença em milagres, tal como os fenômenos descritos na Bíblia, e também uma crença no que nós chamamos cognição paranormal. Contrariamente, membros do público geral que não acreditam em vida depois da morte são prováveis também de serem céticos sobre todos os tipos de fenômenos paranormais, o reconhecimento que implicaria para eles uma alma que sobreviveria à morte corpórea. Se estas suposições são justificadas, podemos concluir que a crença em fenômenos paranormais declinou durante o século passado. (Compreendo que isto é contrário ao que as pesquisas que eu citei anteriormente sugerem.) As crenças influenciam expectativas, e numerosas experiências na psicologia mostraram que expectativas influenciam percepções (Allport e Kramer, 1946; Dixon, 1981). Isto também deve ser verdade quanto a percepções extra-sensoriais. Um descrente em assombrações é menos provável de ver uma do que aquele que é crente. Algum descrentes podem ver assombrações apesar de seu ceticismo, mas o efeito total de um ceticismo aumentado seria reduzir o número de pessoas sensíveis a assombrações e para outras experiências paranormais também. Além do mais, a incredulidade pode causar o abandono de uma experiência paranormal que ocorre por interpretação rápida dela como "apenas uma alucinação" ou "só uma coincidência". Da conseqüente redução, tanto da percepção de experiências paranormais quanto de seu reconhecimento que são paranormais quando ocorrem, menos delas seriam informadas.

As indicações de interferência com fenômenos paranormais podem ser excedidamente difíceis de detectar. Para ilustrar este ponto, eu mencionarei uma observação de nosso estudo das características de pessoas que reivindicaram lembrar-se de experiências quando se recuperavam de estarem próximas da morte. Greyson e eu (1980) descobrimos que tais pessoas eram muito mais prováveis de dizer que tinham tido o que eu chamo de fenômenos avançados destas experiências, tais como encontrando pessoas mortas ou "seres de luz", quando sua crise próxima da fatalidade ocorreu em casa ou ao ar livre do que se ocorresse num hospital ou outro lugar público. Quero realçar que eu supervisionei completamente a importância deste achado durante anos vários, até que aconteceu de eu ter a ocasião para revisar nossos dados e repentinamente compreender a possível importância desta correlação. Por muito tempo eu pensei que as tentativas de alguns cientistas [experimenters] de simular em seus laboratórios uma atmosfera de lar profundamente pondo em cadeiras estofados e algumas impressões bem conhecidas de pinturas de Picasso eram puramente ridículas. Para alcançar esta ridícula sala de estar, os indivíduos de tais cientistas [experimenters] normalmente teriam que atravessar meia milha do hospital ou outros corredores institucionais que eficientemente lhes diriam que estavam longe de casa. Os resultados de nossa comparação entre as experiências de pessoas tendo crises próximas da fatalidade em seus lares e nos seus hospitais confirmou-me em meu preconceito contra o uso de laboratórios para estudar fenômenos paranormais, com exceção de alguns propósitos restritos.

Em seguida considerarei a possibilidade que o aumento do materialismo teve um efeito inibidor nos fenômenos paranormais por causas paranormais. Os críticos nos dizem que as alegações deles terem um efeito adverso nos fenômenos são meras evasões da verdade dolorosa de que eles melhoraram a vigilância e apertaram os controles, de modo que os supostos fenômenos não ocorrem na presença dos controles que eles recomendam. Isto pode ser verdadeiro em alguns exemplos, e eu nem de longe estou dizendo que nós não podemos aprender nada dos críticos. No entanto, por nossa parte obtivemos evidência abundante do efeito das crenças dos participantes no equilíbrio delicado para ou contra efeitos paranormais em situações experimentais (White, 1976). Uma atmosfera de crença completamente inadequada parece facilitar e de fato pode ser essencial para a ocorrência de fenômenos físicos paranormais (Batcheldor, 1966; Owen and Sparrow, 1976), e penso que isto pode ser igualmente verdade quanto a fenômenos paranormais mentais. Se a crença facilita-os, a incredulidade pode bloqueá-los, como os experimentos de Schmeidler (1943 A, 1943 B) mostraram há muitos anos.

Uma pessoa adversamente afetando uma experiência de percepção extra-sensorial não necessita estar fisicamente presente com o percipiente. Schmeidler (1961a, 1961b) mostrou que as contagens de percipientes em cartões-adivinhatóreios tenderam a ser altas ou baixas de acordo com o desejo do agente do percipiente prosperar ou fracassar. Algumas experiências mesmo sugerem que influências desfavoráveis podem não alcançar o nível de um desejo evidente que o percipiente venha a fracassar; qualidades negativas muito mais sutis podem entrar em jogo (West and Fisk, 1953). Várias experiências, principalmente do final do décimo nono século, demonstraram uma capacidade de certos indivíduos de serem postos para dormir por sugestão dirigida a eles de uma distância longa (Adams, 1849-50; Janet, 1886a, 1886b; Richet, 1886; Vasiliev, 1976). Há mesmo casos registrados cuja autenticidade que nós não temos nenhuma razão para duvidar de pessoas tendo morrido repentinamente depois que desejou-se a morte delas a uma certa distância, as vítimas estando inconscientes do desejo fatal apontado para elas (David-Neel, 1961; Rosa, 1956). Estas observações asseguram-nos pensar que a incredulidade pode inibir a ocorrência dos fenômenos cuja existência autêntica é negada.

Fiz um diagnóstico e, como um médico deveria, eu também indiquei o que médicos chamariam etiologia, isso é, as causas. No entanto, eu estou lembrado agora da referência de Hilaire Belloc com desprezo para os médicos que

...responderam, enquanto pegavam seu pagamento,
não há nenhuma cura para esta doença.

Portanto, devo propor algum remédio. Nós não podemos—digo com algum pesar—retornar a todas as condições como estavam no Ocidente há um século. No entanto, nossos estudos podem beneficiar-se de um novo ciclo de crença em fenômenos paranormais. Talvez a onda atual de credulidade em direção a supostos fenômenos paranormais que nós vemos entre muitos membros do público geral, e da qual a maioria de nós deplora, pode, pelos processos que eu conjecturei, mais uma vez facilitar a ocorrência dos fenômenos paranormais maiores.

Deixem-me, no entanto, sugerir três outros meios de achar fenômenos paranormais maiores hoje. Primeiro, podemos ir aos países agora chamados pouco desenvolvidos. Eu quero dizer a maioria da Ásia e África, onde as condições sociais estão em muitos aspectos semelhantes às do Ocidente no décimo nono século ou talvez no décimo oitavo século. Nestas regiões as comunicações normais ainda dependem em grande parte da transmissão boca a boca. Os próprios pés e talvez a carreta puxada por bois sejam os principais meios de movimento de um lugar a outro nas partes rurais. Os laços familiares permanecem estreitos[3], todo o mundo acredita na realidade de telepatia, e os mortos acredita-se que sobrevivem e às vezes são capazes ainda de intervir em assuntos terrestres. As comunicações normais assim prejudicadas existem junto com um desejo ainda forte de se comunicar com outras pessoas amadas e uma crença comum nessa comunicação paranormal é possível. Nestas regiões os fenômenos paranormais importantes são ditos ainda ocorrer abundantemente.

Eu mesmo não tive nenhuma experiência pessoal com quaisquer outras formas de fenômenos paranormais na Ásia e África que as das crianças que reivindicam lembrar-se de vidas prévias, mas tenho muita experiência nestes casos. Eu freqüentemente perguntei-me por que nós encontramos tais crianças tão mais facilmente nessas partes do mundo que em outras partes. Uma primeira resposta óbvia a esta pergunta é que as pessoas destas regiões quase todas acredita em reencarnação, e esta crença de algum modo facilita e mesmo promove as narrações das crianças sobre vidas prévias. Isto certamente é verdadeiro, mas penso que é insuficiente como uma explicação sobre o que nós estamos tentando entender. Devem haver outros fatores contribuindo à ocorrência destes e outros casos de fenômenos paranormais aparentes na Ásia e África. Eu sugiro que uma causa é que as pessoas destas regiões ainda acham normal o que nós no Ocidente viemos a chamar paranormal. Se nós fóssemos aconselhar um jovem cientista entrando na pesquisa psíquica hoje, eu inverteria o conselho de Horace Greeley[4] para os jovens americanos da metade do décimo nono século e diria "Vá para o Leste, jovem[5]."

Minha segunda recomendação é uma procura cuidadosa por indivíduos especiais que tem capacidades paranormais raras e estão também dispostos a cooperar em investigações científicas. Nas últimas décadas várias pessoas com supostos ou auto-proclamados dons apareceram em nossa arena. Infelizmente, quase todas elas tenderam a tornarem-se figuras no mundo do entretenimento e da mídia ou receber e atrair um círculo (ou uma multidão) de fãs e seguidores pouco críticos. O primeiro resultado ocorre a maioria freqüentemente no Ocidente, o último a maioria freqüentemente na Ásia. Com ambas estas condições a pesquisa científica tranqüila fica arruinada [With both of them conditions for quiet scientific inquiry become ruined]. Mas nós não devemos nos desesperar. Nossos predecessores tiveram a boa fortuna de trabalhar com Eileen Garrett, Olga Kahl, Gladys Osborne Leonard, Stefan Ossowiecki, Eusapia Palladino, Leonora Piper, e alguns outros de sua qualidade. Eles vão seguramente serem vistos outra vez; algum deles mesmo pode estar entre nós agora, se os somente formos procurá-los. Não haverá resultados rápidos neste esforço. Pode tomar anos de peneiração antes de um investigador acha um indivíduo destacado e talvez alguns mais anos antes que as investigações com o indivíduo possam garantir uma publicação. Ainda assim, as recompensas deste esforço em termos de poder de conhecimento são imensas.

Minha última sugestão pode parecer parece como uma repreensão para apresentar aos membros da Sociedade, mas eu certamente não entendo-a como tal. Eu não posso, no entanto, deixar de dizer a vocês que em alguns aspectos o domínio da Sociedade para Pesquisa Psíquica [has broken up rather in the manner of the] Império Austro-Húngaro após a 1ª Guerra Mundial. Se fôssemos perseguir esta analogia nós poderíamos dizer que as regiões anteriormente seguradas sob uma soberania afirmaram sua independência e caminharam por suas próprias pernas. A saída do hipnotismo depois que recebeu ao menos um pouquinho de reconhecimento oficial da medicina não foi lamentado na Sociedade; alguns membros mesmo receberam ele como um sinal de progresso, porque os estudos de alguns de nossos membros anteriores, tais como Gurney, tinham significativamente contribuído para a legitimização da hipnose. Até então tudo bem. Considerem, no entanto, as seguintes categorias: curas raras, sonhos lúcidos, múltipla personalidade, experiências místicas ou religiosas, e experiências durante feridas quase-fatais e doenças. Cada um destes temas tiveram a atenção de nossos pioneiros, e relatórios deles aparecem nos primeiros volumes de a nossa Sociedade ou em publicações relacionadas por membros anteriores da Sociedade. E ainda hoje cada uma destas cinco categorias de pesquisa tem uma sociedade separada dedicada ao estudo especial de um tipo de experiência particular. [6]Eu não posso explicar por que isto ocorreu, mas eu lamento isto. Eu não penso que a separação, como eu vejo, destes territórios que nós primeiramente colonizamos seja benéfica tanto com relação a qualquer um dos pequenos estados recentemente criados ou à pátria mãe. Alguns daqueles que fundaram estas sociedades menores a mim parecem desencaminhados, e eles se podem achar mais isolados de outros cientistas do que nós.

No entanto, a nossa Sociedade pode ter sido tanto culpada quanto esses que não conseguiram achar um fórum apropriado para seus interesses. A Sociedade para Pesquisa Psíquica pode ter insidiosamente chegado a identificar o campo de seus esforços como mais estreito que ele uma vez foi ou agora outra vez deva tornar-se. Alguém mesmo pode dizer que a Sociedade começou a assemelhar-se a um capítulo particular dos Alcoólatras Anônimos nos Estados Unidos, que gradualmente tornou-se tão exclusivo que eventualmente negou sociedade a certos candidatos na base de que eles eram bêbados. Alguns dos grupos formados recentemente com interesses mais especializados que o nosso pode ter levado com eles, por assim dizer, alguns dos fenômenos maiores dos quais eu lamento o declínio em nossos relatórios.

Devemos perguntar a nós mesmos o que deve ser a tarefa da Sociedade na década restante deste século e em todas as décadas do próximo. Certamente continuando a agir como uma terceira força entre pessoas que são demais crédulas e as que são demais céticas. Se mantivermos os altos padrões pelos quais nós ficamos conhecidos e respeitados, nós mais uma vez podemos atrair cientistas da primeira categoria e acadêmicos. Contanto que a nossa Sociedade exista, céticos fanáticos não podem dizer não há fenômenos paranormais para estudar. Também, contanto que exista, pessoas inteligentes terão alguns recursos contra as reivindicações de auto-ilusão e os enganadores que abundam ao redor das margens da pesquisa psíquica.

Nossa sobrevivência não pode, no entanto, residir numa posição suposta de autoridade magistral. Nós podemos não ser os melhores juizes—nós quase certamente não somos —do lugar em que os próximos avanços em nosso campo virão. Portanto, ao manter nossos padrões nós devemos evitar quaisquer dogmas endurecidos que permitem somente idéias familiares encontrarem expressão. Uma mente aberta não é necessariamente uma vazia. Deixem-nos tentar procurar outra vez os fenômenos paranormais importantes — onde quer que eles possam estar. Investigações cuidadosas destes fenômenos trouxeram a esta Sociedade sua fama inicial; e tais investigações podem trazer a ela uma nova fama também.

Division of Personality Studies
Department of Behavioral Medicine and Psychiatry
Box 152, Health Sciences Center
University of Virginia Charlottesville,
Virginia 22908, USA

Referências

Adams, N. Remarkable Mesmeric Phenomena. The Zoist 1849-50, 7,79-80.

Allport, G. W. and Kramer, B. M. Some Roots of Prejudice. Journal of Psychology 1946, 22,9-39.

Barrett, W. F., Gurney, E. and Myers, F. W. H. First Report on Thought-Reading. ProcSPR 1882, 1,13-34.

Batcheldor, K. J. Report on a Case of Table Levitation and Associated Phenomena. JSPR 1966, 43,339-356.

Berger, H. Psyche. Jena: Verlag von Gustav Fischer 1940.

David-Neel, A. Immortaliti et Reincarnation. Paris: Librairie Plon 1961.

Dixon, N. F. Preconscious Processing. New York: John Wiley and Sons 1981.

Dodds, E. R. Why I Do Not Believe in Survival. ProcSPR 1934, 42,147-172.

Eisenbud, J. Parapsychology and the Unconscious. Berkeley, California: North Atlantic Books 1983.

Flammarion, C. Presidential Address. ProcSPR 1923-24, 34,1-27.

Fox, B. Electronic Smog Fouls the Ether. New Scientist 1988, 118, 34-38.

Gallup, G., Jr. (with W. Proctor) Adventures in Immortality. New York: McGraw-Hill Company 1982.

Gal ton, F. Inquiries into Human Faculty and its Development. London: Macmillan and Company 1883.

Greyson, B. and Stevenson, I. The Phenomenology of Near-Death Experiences. Am. J. Psychiatry 1980, 137,1193-1196.

Gurney, E., Myers, F. W. H. and Podmore, F. Phantasms of the Living. London: Trubner and Co. 2 vols. 1886.

Haraldsson, E. Representative National Surveys of Psychic Phenomena: Iceland, Great Britain, Sweden, USA and Gallup's International Survey. JSPR 1985, 53, 145-158.

Haraldsson, E. Survey of Claimed Encounters with the Dead. Omega 1988-89, 19(2), 103-113.

Janet, P. Note sur Quelques Phenomenes de Somnambulisme. Revue Philosophique de la France et de VEtranger 1886 (a), 21,190-198.

Janet, P. Deuxieme Note sur le Sommeil Provoque* a Distance et la Sugestión Mentale Pendant l'Etat Somnambulique. Revue Philosophique de la France et de VEtranger 1886(b), 22,212-223.

Kalish, R. A. and Reynolds, D. K. Phenomenological Reality and Post-Death Contact. Journal for the Scientific Study of Religion 1973, 12,209-221.

McClenon,J. Deviant Science. The Case of Parapsychology. Philadelphia: University of Pennsylvania Press 1984.

McDougall,W. Presidential Address. ProcSPR 1920, 31,105-123.

Murphy, G. Psychical Phenomena and Human Needs. JASPR 1943, 37,163-191.

Owen, I. M. and Sparrow, M. Conjuring up Philip: An Adventure in Psychokinesis. New York: Harper and Row 1976.

Palmer, J. A Community Mail Survey of Psychic Experiences. JASPR 1979, 73, 221-251.

Per singer, M. A. Spontaneous Telepathic Experiences from Phantasms of the Living and Low Global Geomagnetic Activity. JASPR 1987, 81,23-36.

Prince, W. F. Presidential Address. ProcSPR 1930-31, 39,273-304.

Rhine, L. E. Presidential Address: The Way it Looks. ProcSPR 1982, 56, 367-398.

Richet, C. Un Fait de Somnambulisme a Distance. Revue Philosophique de la France et de VEtranger 1886, 21,199-200.

Richet, C. Traiti de Mitapsychique. Paris: Librairie Felix Alcan 1922. (American edition. Thirty Years of Psychical Research. S. De Brath, trans. New York: The Macmillan Company 1923.)

Rose, R. Living Magic. New York: Rand McNally and Co. 1956. Salter.W.H. Presidential Address. ProcSPR 1946-49, 48,239-252.

Schmeidler, G. R. Predicting Good and Bad Scores in a Clairvoyance Experiment: A Preliminary Report. JASPR 1943(a), 37,103-110.

Schmeidler, G. R. Predicting Good and Bad Scores in a Clairvoyance Experiment: A Final Report. JASPR 1943 (b), 37,210-221.

Schmeidler, G. R. Evidence for Two Kinds of Telepathy. Int. J. Parapsychology 1961 (a), 3,5-48.

Schmeidler, G. R. Are There Two Kinds of Telepathy? JASPR 1961(b), 55,87-97.

Sidgwick, H. and Committee. Report on the Census of Hallucinations. ProcSPR 1894, 10,25-422.

Smith, H. A. Presidential Address. ProcSPR 1910, 24,330-350.

Stevenson, I. The Contribution of Apparitions to the Evidence for Survival. JASPR 1982, 76,341-358.

Stevenson, I. Changing Fashions in the Study of Spontaneous Cases. JASPR 1987, 81,1-10.

Stevenson, I. Was the Attempt to Identify Parapsychology as a Separate Field of Science Misguided? JASPR 1988, 82,309-317.

Tart, C. T. Acknowledging and Dealing with the Fear of Psi. JASPR 1984, 78, 133-143.

Vasiliev, L. L. Experiments in Distant Influence. New York: E. P. Dutton and Co. 1976.

Waxier, N. E. Culture and Mental Illness. A Social Labeling Perspective. Journal of Nervous and Mental Disease 1974, 159,379-395.

West, D. J. A Mass-Observation Questionnaire on Hallucinations. JSPR 1948, 34, 187-196.

West, D. J. and Fisk, G. W. A Dual ESP Experiment with Clock Cards. JSPR 1953, 37, 185-197.

White, R. A. The Influence of Persons Other than the Experimenter on the Subject's Scores in Psi Experiments. JASPR 1976,70,133-166.

White, R. A. The Spontaneous, the Imaginal, and Psi: Foundations for a Depth Psychology. Research in Parapsychology 1984.

R. A. White and J. Solfvin, Eds. Metuchen, N.J.: The Scarecrow Press, Inc. 1985, 166-190.


[1] Esta lista pode não ser exaustiva de todo esses que confiantemente alegaram a prova, ou quase-prova, de percepção extra-sensorial. Eu não li todos os Discursos Presidenciais.
[2] O círculo de pessoas interessadas em pesquisa psíquica e elogiando o trabalho da Sociedade (mesmo que não estando ativas nela) pode ter sido maior entre 1880 e 1920 do que esta frase encerra. Penso que a boa vontade de tantos homens eminentes ao ficar brilhando na publicidade [to stand in the glaring publicity] da Presidência reflete uma aceitação mais ampla do trabalho da Sociedade por líderes intelectuais do que podemos achar entre seus sucessores hoje.
[3] Isto não são somente mais alguns dados para dissertações por estudantes graduados em antropologia. Há base para acreditar que a recuperação mais duradoura e mais rápida de doenças mentais severas em países pouco desenvolvidos (comparado com países Ocidentais) pode ser devido aos laços familiares mais fortes que existe nestes países (Waxier, 1974).
[4] Esta famosa frase é atribuída corretamente a John B. L. Soule. Horace Greeley pediu-a e usou-a, mas com o reconhecimento devido a Soule.
[5] Durante um ensaio deste discurso meus colegas rapidamente contaram-me que a direção para o Leste era demais estreita. Lembraram-me que a área do noroeste da América do Norte não é Leste, enquanto África e a América do Sul são do sul. Todo estas são regiões onde nós ainda podemos achar fenômenos paranormais maiores.
[6] Talvez eu deva adicionar a esta lista de secessões os céticos, que agora formaram um grupo próprio. A Sociedade para Pesquisa Psíquica sempre teve—desde Frank Podmore —um ou mais membros que podiam ser descritos como "céticos em residência ". No entanto, até agora como sei, estes membros, embora eles freqüentemente tenham duvidado de exemplos individuais, nunca adotaram a posição que fenômenos paranormais não podem ser possível; e nenhum jamais advogou parar a procura para mais e melhores evidência dos fenômenos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente esse artigo.